quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

1min46s

Os olhos se enganam, o tato se confunde, as palavras se esgotam. Ele sente intensamente o atrito dos pêlos finos de seu braço nos seios volumosos e firmes dela; os dois corpos inteiramente molhados de calor, desesperados por algum sinal de chuva que refresque por antecedência.

Aquela cama poderia abrigar todos os sentimentos do mundo, mas egoístas eles a mantêm somente para si. Ela só consegue gritar ruídos em alguma língua desconhecida, mas a falta de tradução não é problema para ele.


Um minuto e 46 segundos depois, no meio de todo o cheiro de gozo fresco, eles param um no outro, para enfim, diante da ausência de qualquer um dos sentidos, entender o significado de morrer de amor.

Um comentário:

MarceLa Guimarães. disse...

Morrer de amor deve ser a melhor forma de se morrer...
;)

p.s.: texto caliente, hein!?
hohoho

bjoss